Cigarro na gravidez: possíveis riscos para mãe e bebê

 tabagismo também é prejudicial em um dos ciclos mais importantes da vida: a gestação. Fumar durante a gravidez pode ser nocivo não somente para a mulher, como também para o bebê.

Diferentemente do fumante passivo – que inala indiretamente a fumaça do cigarro –, o feto é exposto também a todas as alterações provocadas no metabolismo do corpo da mãe fumante. Entre os componentes do cigarro que interferem na gravidez, a nicotina pode reduzir o fluxo sanguíneo para a placenta, enquanto o monóxido de carbono aumenta o risco de hipóxia – redução das taxas de oxigênio no organismo. 

Titular do Núcleo de Pulmão e Tórax, a pneumologista Dra. Carolina Salim destaca os principais efeitos adversos que o tabagismo pode causar durante a gestação. "O bebê, se exposto às substâncias contidas no cigarro, pode nascer prematuramente, com baixo peso ou até mesmo correr o risco de morte", ressalta a médica. A própria grávida, se continuar fumando, pode ter a saúde prejudicada. "Trata-se de um momento de menor imunidade do organismo, pois ele precisa abrigar um 'corpo estranho' dentro de si. Isso pode facilitar a incidência de hemorragias e doenças, como o câncer", esclarece. 

Entretanto, ainda não há pesquisas que determinam se o feto de uma mãe fumante pode se tornar tabagista quando adulto. A dificuldade de realizar pesquisa com gestantes, que deve ser autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde, ainda é um obstáculo. "De qualquer modo, a gravidez pode ser o momento ideal para se livrar do vício e privilegiar a saúde da mulher e do bebê", indica Salim. 

As orientações para a gestante que deseja parar de fumar podem variar a cada caso, mas exercícios físicos leves, como caminhada e hidroginástica, além de uma alimentação saudável, podem ajudar. Procurar aconselhamento médico também é outra importante estratégia.

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