Quais são as vacinas mais promissoras contra a covid-19?

 Mais de 150 vacinas contra o coronavírus estão em desenvolvimento em todo o mundo — e há grandes expectativas de que uma delas receba aprovação para comercialização em tempo recorde com o intuito de aliviar a crise global. Há várias iniciativas para ajudar a tornar isso possível. Uma delas é a Operation Warp Speed, do governo dos Estados Unidos, que prometeu destinar US$10 bilhões e pretende desenvolver e fornecer 300 milhões de doses de uma vacina segura e eficaz contra o coronavírus até janeiro de 2021. A Organização Mundial da Saúde também está coordenando esforços globais para desenvolver uma vacina, que visa fornecer dois bilhões de doses até o fim de 2021.

Assim como ocorre com todas as outras vacinas, o objetivo das candidatas é basicamente  ensinar o sistema imunológico a desenvolver uma defesa, que às vezes é mais forte do que a desencadeada por uma infecção natural, com  menos consequências para a saúde.

Para tanto, algumas vacinas utilizam o coronavírus inteiro, mas inerte ou enfraquecido. Outras utilizam apenas parte do vírus — que pode ser uma proteína ou um fragmento. Algumas transferem as proteínas do coronavírus para um vírus diferente com pouca probabilidade ou até mesmo incapaz de causar a doença. Por fim, algumas vacinas em desenvolvimento dependem da utilização de partes do material genético do coronavírus para que nossas células consigam produzir temporariamente as proteínas necessárias para estimular nosso sistema imunológico.

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Normalmente, pode levar de 10 a 15 anos para uma vacina chegar ao mercado: a mais rápida até o momento — a vacina contra caxumba — levou quatro anos na década de 1960. As vacinas passam por estudos clínicos compostos por várias etapas. As fases iniciais verificam a segurança da vacina e se ela estimula uma resposta imune em um pequeno grupo de participantes humanos saudáveis.

A segunda fase avalia a eficácia da vacina e amplia o conjunto de testes para incluir grupos de pessoas que podem ter a doença ou que têm maior probabilidade de contraí-la. A terceira fase expande o conjunto para milhares de participantes a fim de garantir que a vacina seja segura e eficaz em uma gama maior de pessoas, pois a resposta imune pode variar de acordo com a idade, etnia ou condições de saúde pré-existentes. Posteriormente, a vacina segue para aprovação pelos órgãos reguladores — o que pode ser um processo demorado.

Mesmo após a aprovação de uma vacina, é preciso enfrentar possíveis obstáculos relacionados à fabricação e à distribuição, desde o aumento da produção para atender à demanda até a decisão de quais populações devem recebê-la primeiro — e a que preço. Muitas vacinas também permanecem na chamada fase quatro, uma etapa perpétua de estudo regular.

[Leia mais: 'Há mais de 140 vacinas em teste contra a covid-19. Quando alguma será disponibilizada às pessoas?']

Mas os desenvolvedores de vacinas estão tentando compactar esse processo para o SARS-CoV-2, executando as fases dos ensaios clínicos simultaneamente, e a FDA, Agência de Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, prometeu acelerar o processo de aprovação.

Moderna

Pfizer 

Universidade de Oxford

Sinovac (chinesa)

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